Tuesday, December 18, 2007

Com lenço e sem documento

Hoje fui no correio buscar um Sedex que minha mãe me enviou. Alías, enviou para a Julia. É, Sedex se torna carta recomendada no meio do caminho. Talvez porque entrega de encomenda seja luxo. Deve ser. A graça toda não era tanta essa. Chegando lá, vou buscar a tal da encomenda no supermercado mais próximo. Isso mesmo! Aliás, não é bem o mais próximo também. A Julia assinou o papelzinho, mas a senhorita exige também sua identidade, que ela não tem. Mas tem passaporte. Os dois: sueco e brazuca. Levei os dois. Testei usar o verde-abacate, mas a senhorita retrucou: "Passaporte estrangeiro não é identidade!"

Uma coisa é recorrente: esse amor sueco pelas suas próprias instituições. A carne vem com bandeirinha sueca. Às vezes tomate também. Viajei por muitos países sem identidade, só com o meu verde-abacate sem saber que o coitado não era identidade. Segundo a senhorita, passaporte estrangeiro pode ser falsificado. Não deve ser difícil, mas será que alguém gastaria seu precioso tempo fabricando um passaporte brazuca? O verdão? O abacatão? Já pensou? Só para pegar o pacotinho da menina? Duvido! Se for para dar sumiço deveria ser paraguaio, não?